sábado, 12 de novembro de 2011

Ação de sensibilização sobre VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

No dia 26 de Novembro de 2011, com início às 14H30, na Associação "Balsa Nova", sito nas traseiras da central de camionagem, desta cidade, irá decorrer uma ação de sensibilização sobre VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.
A organização está a cargo dos estagiários da Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV) e terá a participação de oradores da Polícia de Segurança Pública de Viseu e da Associação de Proteção de Pessoas em Risco (APPR).
Compareça. A sua presença é fundamental para o enriquecimento da ação. Afinal, a Violência Doméstica não é só entre o marido e a mulher, há outras pessoas (IDOSOS) que também sofrem com ela!!!

domingo, 21 de novembro de 2010

O Sentimento de Insegurança

São diversos os estudos e artigos publicados que se centram na avaliação e frequência do sentimento de insegurança, apresentados sobre diferentes e diversas perspectivas.
Aparece actualmente uma tendência para que os estudos sobre esta temática abranjam diferentes subgrupos populacionais e mesmo profissionais, procurando encontrar diferenças entre os mesmos de forma a permitir uma intervenção mais realista, adequada e direccionada.
Seria lógico assumir que a importância dada ao estudo do sentimento de insegurança estivesse relacionada com o aumento do crime nas sociedades actuais.
Contudo, este é apenas um dos motivos, visto que (Evans & Fletcher, 2000; Zani B., Cicognani, E., & Albanesi, C., 2001) o sentimento de insegurança é um problema muito maior que o problema específico da criminalidade, tendo em conta que afecta um universo muito maior de pessoas. Assim, o sentimento de insegurança tem assumido, na sociedade actual, uma relevância cada vez maior, devido a aspectos como o aumento do crime, à atenção cada vez maior que é dada à vítima (Boutellier, 2001), à utilização política e no âmbito das políticas de protecção por parte dos governos internacionais (Sá, 2000), ao discurso social (Machado, 2004), a um sentimento de perda de controlo, no caso de ser vitimado(a) e correspondentes consequências (Cusson, 2006).
Actualmente, este conceito vai muito além do inicialmente defendido por (Garofalo, s/d), que o defendia como sendo “uma reacção emocional caracterizada por uma sensação de perigo e de ansiedade (…) devido a ameaças de danos existentes no meio envolvente e que de alguma forma estão associadas ao crime” (cit in Magro, 2001, p. 99), sendo apresentado (Zani et al., 2001), como um conceito multifacetado que inclui, não apenas pela reacção emocional defendida por (Garofalo, s/d), mas também componentes cognitivas e comportamentais. Estas duas últimas componentes são entendidas como a probabilidade de vitimação e como comportamentos concretos dos indivíduos para evitar a possibilidade da ocorrência de um crime (McCrea, Shyy, Western, & Stimson, 2005).
Para além destes aspectos, o conceito de sentimento de insegurança apresenta variáveis que “(…) para além de estarem relacionados com o crime, tem também a ver com uma série de fenómenos que caracterizam a sociedade actual” (Cit in Sá, 2000, p.3).
Assim, mais que a interpretação do fenómeno criminal por parte dos indivíduos, o sentimento de insegurança remete-nos para uma representação social do contexto onde os indivíduos (enquanto pessoas singulares ou pertencentes a um grupo ou uma comunidade) estão inseridos (Frias, 2004).
A importância do estudo do sentimento de insegurança, revela-se também na necessidade de conhecer uma situação que põe em causa o bem-estar da população, visto que populações com maior nível de sentimento de insegurança promovem comportamentos protectores que muitas vezes resultam num isolamento social, que por seu lado também promove o aumento deste sentimento. (Amerio & Roccato, 2005; Briceño-León & Zubillaga, 2002; Jackson, 2006).
Da análise que fizemos dos artigos que abordam os diferentes modelos teóricos sobre o sentimento de insegurança, sugerimos a sua classificação em três grandes grupos de modelos teóricos: perspectiva criminal, perspectiva das incivilidades e perspectiva de desorganização social.
A perspectiva criminal explica o sentimento de insegurança com base num conjunto de conceitos relacionados com vulnerabilidade face a situações de crime, vitimação pessoal ou vitimação vicariante, sendo as suas principais premissas: - aqueles que se vejam como vulneráveis; - os que foram vítimas de crime; e – aqueles que estão mais próximos de vítimas de crime (vitimação vicariante) têm um sentimento de insegurança maior (McCrea et al., 2005).
Neste âmbito, os principais resultados que comprovam este modelo são os chamados “paradoxos do sentimento de insegurança”, ou seja, o facto de os extractos populacionais menos afectados pelo fenómeno do crime são exactamente os mesmos com um sentimento de insegurança maior. Estamos a falar do género feminino (Amerio & Roccato, 2005; Bissler, 2003;) e dos idosos (Amerio & Roccato, 2005; Frias, 2004; Katz, C. M., Webb, V. J., & Armstrong, T. A., 2003; McCrea et al., 2005), que demonstram ter um elevado sentimento de insegurança, não consentâneo com a probabilidade de virem a ser vítimas de crimes.
Actualmente, este conceito vai muito além do inicialmente defendido por (Garofalo, s/d) que o defendia como sendo “uma reacção emocional caracterizada por uma sensação de perigo e de ansiedade […] devido a ameaças de danos existentes no meio envolvente e que de alguma forma estão associadas ao crime”. (Cit in Magro, 2001, 99). Sendo apresentado como um conceito multifacetado que inclui, não apenas pela reacção emocional defendida por (Garofalo s/d), mas também componentes cognitivas e comportamentais.
No caso dos idosos, mesmo nos estudos onde não fica demonstrado a existência de um sentimento de insegurança maior, “verifica-se a percepção de os mesmos formarem um grupo extremamente vulnerável”. (Manita & Machado, 2000). Esta é, aliás, uma das principais explicações para estes paradoxos do sentimento de insegurança, quer no caso dos indivíduos do género feminino, quer no caso dos idosos, ou seja, o facto de percepcionarem que são mais vulneráveis do que o resto da população.
Também a classe social tem sido estudada como factor que fomenta o sentimento de insegurança, no sentido de quanto maior for a classe social dos indivíduos, menor é o sentimento de insegurança dos mesmos, motivado pela capacidade de terem mais formas de protecção (Frias, 2004; Manita & Machado, 2000).
A relação entre o estado civil (ou o facto de morar sozinho) e o sentimento de insegurança tem sido pouco estudado. Os resultados apontam para a não existência de relação entre as mesmas, evidenciando o facto de tal poder ser explicado heterogeneidade de características destes indivíduos (Frias, 2004).
Os estudos defendem que os media dedicam uma elevada percentagem do tempo a notícias sobre crimes (excedendo a realidade) sendo que promovem o sentimento de insegurança junto das populações, devido ao sensacionalismo das peças noticiosas e às semelhanças nas características pessoais e sociais da audiência (Amerio & Roccato, 2005).
Segundo a perspectiva das incivilidades, esta surge com a necessidade de explicar a existência do sentimento de insegurança, nos locais onde o risco de vitimação é baixo e inclui aspectos identificados como perturbações sociais e perturbações físicas. A primeira diz respeito a aspectos como a existência de sem abrigos, toxicodependentes, ruído sonoro ou crianças mal comportadas, enquanto que a segunda refere-se a actos de vandalismo, carros e casas abandonadas, graffitis ou lixo (Bissler, 2003).
Os autores que estão na base desta perspectiva (Wilson & Kelling, 1982) sugerem que caso as perturbações acima referidas não sejam resolvidas, os habitantes desenvolvem um sentimento de que o controlo social informal terminou e que os mesmos não se preocupam como o local onde vivem, evidenciado que “algumas vezes, arranjar janelas quebradas faz mais para reduzir o crime que o convencional policiamento orientado para os incidentes” segundo Wilson & Kelling, (1989:46).
Neste pressuposto, as incivilidades são um sinal de perigo antecipado e pode provocar um aumento no sentimento de insegurança dos indivíduos que habitam nesses locais, não sendo necessária a existência e o conhecimento de situações reais e concretas de crime (Wilson & Kelling,1989).
Os estudos no âmbito da perspectiva de desorganização social defendem que inexistência (ou existência em baixo nível) de processos sociais de um local, como a reciprocidade entre vizinhos, o sentido de comunidade e o controlo social informal faz aumentar o crime e, consequentemente, o sentimento de insegurança das populações desses locais, ou seja, está assente nas percepções das dinâmicas das comunidades (Katz et al., 2003).
A principal diferença entre esta perspectiva e a anterior é que, enquanto a primeira é centrada em aspectos individuais das comunidades e a forma como determinada pessoa entende determinadas situações, esta perspectiva assenta no entendimento da estrutura dessa mesma comunidade, na existência (ou não) de redes sociais informais.
Resumindo os pressupostos apresentados, o sentimento de insegurança pode surgir:
Através da associação entre a falta de controlo, percepção das consequências e percepção do risco - perspectiva criminal;
A existência de incivilidades proporciona uma percepção do risco, que pode ter na sua origem processos sociais ou a existência de situações de crime, embora estes factores não sejam necessários - perspectiva das incivilidades;
A estrutura da sociedade e consequentes processos sociais podem levar a situações de crime que explicam o sentimento de insegurança da população.


BIBLIOGRAFIA

Ângelo, M. (2009) Modelo Integrativo de Explicação do Sentimento de Insegurança pp. 148-155. X Congresso Luso-Afro-Brasileiro - sociedades desiguais e paradigmas em confronto. Volume II Ciências sociais, tecnologia e comunicação. Disponível em http://www.xconglab.ics.uminho.pt/ficheiros/Volume02.pdf
(Acesso em Outubro de 2009)

Amerio, P., & Roccato, M. (2005). A Predictive Model for Psychological Reactions to Crime in Italy: An Analysis of Fear of Crime and Concern about Crime as a Social Problem. Journal of Community & Applied Social Psychology, 15, pp. 17-28.

Bissler, D. L. (2003). Fear of Crime and Social Networks: A Community Study of two Local Public Housing Complexes. Tese de Doutoramento, North Carolina State University, Raleigh.

Frias, G. (2004). A Construção Social do Sentimento de Insegurança em Portugal na Actualidade. Comunicação Apresentada no VIII Congresso Luso-Afro Brasileiro de Ciências Sociais, Coimbra.

Katz, C. M., Webb, V. J., & Armstrong, T. A. (2003). Fear of Gangs: A Test of Alternative Theoretical Models. Justice Quarterly, 20: pp. 95-130.

Machado, C. (2004). Crime e Insegurança: Discursos do Medo, Imagens do Outro. Lisboa: Editorial Notícias.

Magro, C. S. (2001). Vitimação, Percepção de Invulnerabilidade e Medo do Crime. Subjudice 22/23: pp. 99-105.

Manita, C., & Machado, C. (2000). Sentimento de Insegurança na Cidade do Porto: Resultados de uma Investigação. OlhareSeguros, 2: pp. 6-7.

Sá, T. V. (2000). Segurança e o seu Sentimento na Cidade. Comunicação Apresentada no IV Congresso Português de Sociologia, Coimbra.

Wilson, J. Q., & Kelling, G. L. (1982). Broken Windows. The Atlantic Monthly, pp. 29-38.

Wilson, J. Q., & Kelling, G. L. (1989). Maiking Neighborhoods Safe. Atlantic Monthly, pp. 46-52.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Panorâmica das Acções de Formação efectuadas na PSP de Viseu


Ala esquerda da sala de formação.


Panorâmica de toda a sala com o Joselito em
primeiro plano.


Panorâmica da sala de formação com a
formadora em plano central.

Panorâmica da sala de formação.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Peça de Teatro no Instituto Português da Juventude, no dia 31MAR2010

Os Idosos inscritos no Projecto "Mais Seguro, Menos Só" irão, no dia 31MAR2010, pelas 14H00, assistir a uma peça de teatro no I.P.J. de Viseu.
Esta peça será levada a efeito por actores idosos de várias instituições do distrito de Viseu.

Acção de Informação "A Problemática do Isolamento Social e Solidão nas Pessoas Idosas", a realizar no dia 13ABR2010

No âmbito do projecto "Mais Seguro, Menos Só", irá ser levada a efeito no dia 13ABR2010, pelas 14H30, no Centro Social e Paroquial de São José - Viseu, a Acção de Sensibilização/Informação sobre o tema "A problemática do isolamento social e a solidão nas pessoas idosas".
Esta acção é aberta à população em geral e idosa em particular, e terá como oradora a Psicóloga Clínica, Drª Joana Lopes.

Pode efectuar a sua inscrição através do e-mail ajmoita@live.com.pt ou no supracitado Centro, até ao dia 12ABR2010.

Venha, partilhe o seu saber!

Acção de Sensibilização sobre "Prevenção de Burlas a Pessoas Idosas" a realizar na sede no Centro de São José, no dia 07ABR2010

No âmbito do projecto "Mais Seguro, Menos Só", irá ser levada a efeito no dia 07ABR2010, pelas 14H30, no Centro Social e Paroquial de São José - Viseu, a Acção de Sensibilização sobre o tema "Prevenção de Burlas a Pessoas Idosas".
A referida acção será aberta à população em geral e idosa em particular, e terá como orador o Subcomissário António Moita, da P.S.P. de Viseu.
Pode efectuar a sua inscrição através do e-mail ajmoita@live.com.pt ou no supracitado Centro, até ao dia 06ABR2010.

Olhe pela sua segurança e dos seus!

Venha partilhar connosco os seus conhecimentos!

sábado, 13 de março de 2010

Acção de Sensibilização sobre "Prevenção de Burlas a Pessoas Idosas" a realizar na sede da Junta de Freguesia de Abraveses, no dia 25MAR2010

No âmbito da parceria estabelecida entre os promotores dos projectos "Mais Seguro, Menos Só" e "Solidariamente Abraveses", irá ser levada a efeito no dia 25MAR2010, pelas 14H30, na sede da Junta de Freguesia de Abraveses - Viseu, a Acção de Sensibilização sobre o tema "Prevenção de Burlas a Pessoas Idosas".
A referida acção será aberta à população em geral e terá como orador o Subcomissário António Moita, da P.S.P. de Viseu.
Portanto ... Não falte!
Olhe pela sua segurança!